Social Icons

Pages

quinta-feira, 16 de junho de 2016

5 contos de fada tão perturbadores que a Disney nunca os transformaria em um filme

Caso você pense que contos de fada são todos bonitos e adequados para crianças, está enganado. Para mostrar isso, veja 5 deles:

Pele de burro, a princesa do incesto:
"Pele de burro" teria tudo para virar um filme da Disney: Animais mágicos, um príncipe, uma princesa que foge de casa e um final feliz. O único problema seria todo o incesto. A história mostra uma família real, em que todos estavam muito felizes, até porque tinham um burro que cagava ouro. Um dia a rainha adoeceu, e em seu leito de morte, disse ao rei que se ele desejasse encontrar uma mulher tão bonita como a rainha, deveria ter uma filha com a mesma. Já dá pra sentir a merda, né. Mesmo procurando o mundo inteiro por uma mulher tão bonita quanto a falecida rainha, o rei não encontrou ninguém com esses atributos. Exceto sua filha. 
O rei então decide casar com sua filha, o que obviamente não agradou muito a princesa, e fez com que ela recorresse à sua Fada Madrinha. O plano que ela pensou era simples: Pele de burro deveria pedir coisas impossíveis para a cerimônia de casamento. Ela então pediu um vestido da cor do Sol e um com a cor da Lua. Além disso, ela pediu que tirassem a pele do burro cagador de ouro.

Para a surpresa da princesa, o rei não achou muito difícil encontrar um vestido amarelo e outro branco. E ele também mandou tirarem a pele do burro sem problemas. Ela, vendo que tinha se complicado, decidiu fugir do castelo, usando a pele do burro como disfarce. Antes de fugir, a princesa decidiu experimentar seus vestidos na cozinha dos criados, e não demorou muito até que um príncipe aparecesse e quisesse levar ela embora. 
Pensando que se tratava de uma criada, o príncipe pediu para que a Pele de burro fizesse um bolo pra ele, no qual ela propositalmente derrubou seu anel luxuoso de princesa. O príncipe, se deparando com o anel, jurou se casar com a dona dele (em vez de ir diretamente até a opção mais óbvia). Mas de qualquer forma, tudo acabou bem, os dois se casaram e o rei se desculpou. A parte ruim deve ter sido o climão do rei querendo pegar a própria filha. 

As crianças perdidas: 
Esse conto francês começa com um casal pobre que decide abandonar seu casal de filhos na floresta. Jean e Jeanette são abandonados para morrer, mas por sorte (ou não) são encontrados por uma senhora, que oferece abrigo para eles, mas avisa: "Meu marido gosta de comer crianças, então tomem cuidado". Esse marido por acaso era Satanás. 
Apesar de a velha ter escondido as crianças, eventualmente elas foram encontradas pelo demônio, que as prendeu em uma gaiola, planejando engordá-las para comer depois. Exatamente, é um "João e Maria" macabro. As crianças, que eram um pouco espertas, para tentar evitar o banquete de Lúcifer, colocavam rabos de rato na fresta da porta, para quando ele viesse checar, elas parecessem magras. Como se tratava do príncipe da escuridão, o plano foi descoberto, e ele decidiu castigar as crianças amarrando-as nesses negócios até serem partidas ao meio: 


Enquanto Satanás dava uma volta para passar a raiva, Jean e Jeanette convenciam a velha de que não sabiam sentar naquela desgraça, pedindo para que ela fizesse uma demonstração. A velha cai no plano e se senta, e as crianças ligeiramente a amarraram e cortaram sua garganta. É um final meio triste para uma velhinha que só queria ajudar, mas quando você aceita se casar com Satanás, você tem que estar preparado para ter sua garganta cortada de orelha à orelha por um casal de crianças. Os dois fugiram e voltaram para casa, onde foram mal tratados pelos pais pelo resto de suas vidas.

Moral da história: Nada faz sentido e tudo é horrível

A velha esfolada: 
Confusão com identidades é um tema comum em contos de fada. Satan confundiu um rabo de rato com crianças magras, e no conto italiano "A Velha esfolada", o rei confundiu duas idosas por mulheres maravilhosas. A Alteza ouviu duas vozes vindas do outro lado da parede, e logo veio em sua mente a imagem de duas mulheres maravilhosas. Tendo ciência do pensamento do rei, uma das velhas bolou um plano parecido com o de Jean e Jeanette: Ela manteve o dedo na água por alguns dias para que ele ficasse rugoso e rígido... que nem o de uma moça jovem(?). Na hora em que o rei viu aquele dedo saindo pela fechadura, se apaixonou instantaneamente. Aparentemente o rei tinha fetiches estranhos. 


Então foi combinado um encontro. A velha, para não ser descoberta, amarrou todas as suas pelancas nas costas e pediu para que fosse um encontro no escuro. Depois de tudo, o rei pegou uma vela e viu o rosto da enganadora. Ele se enfureceu e a atirou pela janela, mas por sorte(?) ela ficou presa em uma árvore por sua pelancas, e por acaso um grupo de fadas estava passando por ali, e decidiram ajudar velhinha, por falta do que fazer, e a transformaram em uma mulher jovem de novo. Se você acha que agora é a parte em que o rei implora para ser aceito pela linda jovem , você está enganado. Ela que vai até o rei para tentar ser aceita na família real. 
Sua irmã, vendo a sorte grande que a ex-velha tirou, se enfureceu, e ficou com tanta inveja que foi até o barbeiro. Mas ela não pretendia ter um corte de cabelo novo, e sim arrancar toda a sua pele, na esperança de que exista uma linda jovem por baixo daquela pele velha. Naturalmente, ela entra em estado de choque e morre lentamente, enquanto o barbeiro se preocupa apenas com o chão todo sujo de sangue e pele de velha.

O livro infantil mais sinistro de todos: 
Escrito por Heinrich Hoffman, em 1845, esse livro infantil apresenta uma coleção de histórias escritas não para divertir as crianças, mas sim para traumatizá-las pelo resto de suas vidas. Como vocês podem ver na imagem, o destino do menino que chupava o dedão foi ter o polegar cortado por um maníaco do castelo. Se você achou isso ruim, veja o que aconteceu com o menino que não quis comer sopa: 
A história de Augustus, que não queria saber de comer sopa, teve como final a morte do menino por desnutrição instantânea. Um ótimo jeito de convencer seu filho a comer sopa. Exatamente, várias crianças morrem nessas histórias, e é basicamente tudo culpa delas: 
A pobre Harriet não conhecia os perigos de brincar com fósforos, mas ela nem sequer teve uma segunda chance. Em questão de segundos, foi inteiramente carbonizada enquanto seus gatos assistiam. A história quer que a gente acredite que Harriet mereceu morrer por causa da sua estupidez. 
Tem uma história pra cada coisa que irrita um pai: Você chora muito? Seus olhos vão derreter. Você é uma menina e brinca com meninos na rua? Sua perna vai cair. Você gosta de comer muito doce? Agora vai ter que comer abelha.

Não me espantaria muito se Hitler tivesse encontrado um desses livros no armário da Avó e tivesse ficado maluco em conta disso. Parabéns Heinrich Hoffman, você é o culpado de tudo.

A balada de Hans, o ouriço. 
Por mais que pareça uma cópia barata de Sonic, esse conto não tem nenhuma relação com o ouriço azul. A história mostra um casal desesperado para ter filhos, e que sempre falhavam nessa tarefa, não importando a quantidade de tentativas. Para você ver o nível de desespero, o homem falava que aceitaria até um ouriço como filho. Ter dito isso foi o maior erro de sua vida. 

Não demorou muito até que nascesse Hans, metade homem e metade ouriço. Os pais, que obviamente não estavam contentes com a criatura que geraram, o desprezava, fazendo-o dormir atrás do fogão. Ele era tipo um Harry Potter mutante. Um dia ele se cansou e pediu para os pais um galo para ele montar, e foi embora morar na floresta e tocar gita de fole.
Enquanto vivia na floresta, Hans encontrou um rei perdido, e concordou em guiá-lo de volta para o reino, em troca da primeira coisa que o rei visse quando chegasse lá, esperando ganhar a mão da filha do rei. Acontece que o rei era esperto, e fez Hans assinar um contrato dizendo que devia ser morto pela guarda real (Esse Hans também devia ser burro pra caralho). Os dois então seguiram caminho, e acabaram encontrando outro rei perdido. O Ouriço fez o mesmo acordo com o primeiro, mas dessa vez o rei não tinha intenção de enganar o pobre coitado, e Hans de fato se casou com a princesa. Uma noite antes da lua de mel, os espinhos caíram, transformando-o em um cara lindo, e todo mundo viveu feliz pra sempre. Todo mundo exceto a filha do primeiro rei que fsoi encontrada morta em seu quarto com inúmeros furos pelo corpo. Hans era vingativo.


Um comentário :

  1. O livro escrito por Heinrich Hoffman chama-se Struwwelpeter (As Cabeçadas do Pequeno Pedro, em tradução livre). O enredo das histórias lembra muito o vídeo Havaianas de Pau do Mundo Canibal. O mais bizarro é que Hoffman era psiquiatra do Hospício de Frankfurt e ele escreveu o livro para presente-a-lo ao seu filho de 6 anos porquê não conseguia encontrar um livro que pudesse atiçar a imaginação do garoto. :-(

    ResponderExcluir