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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Documentário mostra o lado obscuro da indústria pornográfica

Documentário mostra como a promessa de vida fácil, muito dinheiro e fama seduz milhares de jovens garotas a ingressarem no ramo da pornografia para ter uma carreira que durará apenas alguns meses.
O novo documentário “Hot Girls Wanted” lança uma luz forte no mundo da pornografia “amadora” centrado em Miami (EUA), onde o dinheiro fácil e a fama levam muitos jovens recorrem ao sexo como uma maneira de realizar seus sonhos.

O filme estreou na Netflix após sua estreia no Sundance Film Festival em janeiro, e relata as experiências de um grupo de meninas em torno de 18 anos que deixaram para trás sua cidade natal em busca de aventura, sem saber onde se metiam.
“Não são putas, são umas românticas incuráveis”, disse Ronna Gradus, que dirigiu o filme junto com Jill Bauer, em uma reunião com a imprensa realizada em Los Angeles.

Os cineastas descrevem estas iniciantes do pornô como meninas doces amadas por seus pais e criadas no seio de uma família de classe trabalhadora em uma pequena cidade americana.
“Elas têm fogo no estômago, são inteligentes, muitos só tiveram um par de parceiros e não entram na pornografia porque querem ter sexo com qualquer um, é uma maneira de escapar”, disse Bauer, que insistiu que todas ansiavam por uma aventura .

“Hot Girls Wanted” abre as portas para o espectador de uma casa em Miami gerenciada por um “recrutador” de jovens promessas para a indústria do pornô amador, que encontra seus novos talentos através de anúncios publicados no site Craigslist.
O documentário mostra como é fácil para “contratar” essas meninas, para as quis eles pagam a passagem e dão alojamento para iniciar a sua carreira, que na maioria dos casos, dura apenas alguns meses. Nesse negócio o consumidor se cansa rapidamente de caras novas.
As imagens retratam a convivência afetuosa de jovens que se apoiam, falam de suas ilusões e se alegram com o sucesso de seus vídeos distribuídos em sites que têm uma média de 41 milhões de page views por mês.

As novatas inventam um nome artístico e se lançam a conquistar seguidores no Twitter, que é “sua ferramenta de marketing”, disse Gradus, que destacou o tanto de pornografia que há nessa plataforma.

“Se o seu filho tem acesso ao Twitter pode seguir estrelas pornô e ver conteúdos explícitos durante todo o dia”, disse Bauer.

Para os realizadores há uma influência indireta do conteúdo gerado pela indústria do entretenimento nas decisões dessas meninas.

“Hollywood não as fez fazer isso, mas o usam como justificação. Quando você vê Miley Cyrus recebendo dinheiro em sua virilha não é tão difícil de fazer essa ligação e nas casas dessas meninas os reality shows passam a todo momento e é algo com o que elas cresçam “, disse Gradus.

O documentário viaja com uma das meninas para a sua cidade e mostra o momento em que ela diz a seus pais que havia começado a fazer pornografia para a Internet, situação que se produziu “organicamente” para a surpresa dos diretores que estavam prestes a entrar na história de outra jovem.

Foi o caso de uma nova recruta que tinha acabado de se instalar na casa de Miami.
Depois de uma conversa com ela para descobrir suas motivações, eles descobriram que ela estava um pouco perdida.

“Não havia processado o que estava fazendo”, disse Bauer. Eles voltaram para encontrá-la no dia seguinte e estava “triste”.

“Ela tinha descoberto que não usavam ​​preservativos” e, em seguida, queria voltar para sua família, mas não tinha dinheiro, disse a Bauer, que junto com Gradus decidiram que iriam pagar a passagem de avião.

“Como as mulheres não podíamos ficar sem fazer nada”, disse Bauer, embora isso significasse que como documentaristas isso lhes seria um “dilema moral” disse Gradus.

Quando eles voltaram para a casa, viram que a jovem já tinha feito iniciado boas relações com o resto das aspirantes a estrelas pornográficas e suas prioridades mudaram.

“Descobrimos que a fantasia, as possibilidades de viver essa vida e ter muito dinheiro, era mais atraente para ela do que voltar. As outras meninas disseram que acabaram de conhecer um rapper”, disse Gradus.

Via Ultimas Notícias 

2 comentários :

  1. Ah, ninguém se compromete a fazer filme pornô sem saber exatamente o que vai fazer e o que pode rolar. Não são meninas de 14 ou 15 anos que são iludidas na porta de uma escola, são mulheres (maiores de idade), que procuram por livre vontade empresas que lidam com pornografia. Claro, como tudo na vida há exceções deve haver uma ou outra maluca que vai sem pensar muito, mas isso deve ser considerado uma exceção. Também vão as mentirosas (mulheres que se arrependem da decisão e alegam ter sido enganadas para não serem responsabilizadas), que acredito ser a maioria. Esse documentário deve focar nesse tipo de garota (exceções e mentirosas), para garantir algum sucesso.

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