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sábado, 20 de julho de 2013

Vírus gigante pode ser ‘nova forma de vida’

Vírus é maior do que bactérias. (foto: CHANTAL ABERGEL/JEAN-MICHEL CLAVERIE/Divulgação)

Hoje a ciência reconhece três formas de vida: os vírus (seres acelulares) e os organismos unicelulares e pluricelulares. Mas uma descoberta surpreendente nesta semana pode estremecer a classificação original - e incluir uma quarta forma de vida.

Batizado inicialmente de “NLF” (nova forma de vida, em inglês), o organismo foi encontrado em uma amostra de água obtida no Chile. No microscópio, o NLF parecia um enorme ponto negro, do tamanho de uma bactéria.

Mais tarde, depois dos pesquisadores encontrarem um ser semelhante em um lado na Austrália, eles perceberam que ambos eram vírus. Mas não vírus normais: eram os maiores vírus já encontrados, maiores do que a maioria das bactéria e até mesmo do que células eucarióticas (as mais complexas).

Além disso, os vírus são quase desconhecidos - apenas 7% de seus genes estão catalogados nas atuais bases de dados. “Isso abre uma caixa de Pandora”, disse à Nature Jean-Michel Claverie, biólogo evolucionista na universidade Aix-Marseille, na França. Os vírus foram batizados de “Pandoravírus”.

Para os pesquisadores, a descoberta expande a complexidade dos vírus gigantes - e mostra que a diversidade dos vírus ainda é uma grande desconhecida da humanidade.

Os Pandoravírus são diferentes de bactérias. Eles não fabricam suas próprias proteínas, também não produzem energia através de ATP e não se reproduzem por divisão. Seu ciclo de vida é viral: eles invadem organismos, esvaziam suas proteínas e DNA, passam a controlar a célula, produzem novas partículas virais e as espalham.

Ninguém sabe de onde esses organismos vieram. Alguns tipos de célula deram origem aos organismos vivos modernos e outros evoluíram para viver como parasitas deles - os vírus. Mas se esses supervírus tiverem se originado de células, esses ancestrais seriam muito diferentes das bactérias que a humanidade conhece.

De concreto, apenas uma conclusão: é preciso rever tudo o que a ciência achava que sabia sobre vírus. Os pesquisadores ainda dizem que terão mais novidades no ano que vem.

Fonte: Galileu

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